A bruxa dos Bells
A história que irá ler é real.
Em um dia em 1817, John Bell
estava inspecionando seu milharal quando encontrou um animal estranho sentado
no meio de um caminho entre os milhos. Chocado com a aparência do animal, que
tinha o corpo de um cão e a cabeça de um coelho, Bell atirou várias vezes no
animal, que desapareceu. Bell não pensou mais no acontecido, pelo menos não até
depois do jantar. Naquela noite, os Bells começaram a ouvir "batidas"
por fora das paredes de sua casa de madeira.
A casa dos Bells, Imagem de: Authenticated History of the Bell Witch, M.V. Ingram, 1894.
Os barulhos misteriosos
continuaram a crescer em frequência e potencia a cada noite. Bell e seus filhos
sempre corriam para a rua para pegar quem quer que fosse o brincalhão, mas
sempre voltavam de mãos abanando. Nas semanas seguintes, os filho pequenos de
Bell começaram a acordar de madrugada apavorados, dizendo que ratos estavam
roendo os pés de suas camas. Não muito depois disso, as crianças começaram a
reclamar de que seus cobertores eram puxados e seus travesseiros jogados no
chão por uma força invisível.
Com o passar do tempo, os Bells
começaram ouvir uma voz leve e sussurrada, que era muito baixa para se entender
o que falava, mas parecia ser a voz de uma senhora cantarolando hinos. Isso
continuou e a filha mais nova dos Bells, Betsy, começou a ter vários
"encontros" com a entidade invisível. O ser puxava o cabelo e batia nela sempre, geralmente deixando
hematomas e marcas de mão pelo rosto e corpo da menina. No começo os eventos eram secretos e ninguém
sabia a respeito a não ser a família, mas eventualmente eles compartilharam com
o vizinho e amigo próximo, James Johnston, o "problema da família".
Johnston e sua esposa passaram
uma noite na casa dos Bells, onde presenciaram os mesmos eventos macabros que
estavam incomodando os Bells. Depois de ter tido suas cobertas puxadas e ser estapeado
repetidamente, Johnston levantou da cama gritando, "Em nome do Senhor,
quem é você e o que você quer?" Não houve resposta, mas o resto da noite
foi relativamente calmo.
A voz da entidade começou a ficar
cada vez mais forte, até o ponto em que era alta e clara. Cantava hinos,
recitava parágrafos bíblicos, tinha conversas com os membros da casa e uma vez
recitou, palavra pro palavra, dois sermões que estavam sendo pregados na mesma
hora e no mesmo dia, a 20 quilômetros de distância um do outro.
A pior coisa sobre esse caso é
que foi o primeiro caso em que uma entidade sobrenatural matou um ser humano.
John Bell deu seu último suspiro
na manhã do dia 20 de Dezembro de 1820, depois de ter caído em um coma no dia anterior.
Após sua morte, a família encontrou um pequeno frasco contendo um líquido
misterioso. John Bell Jr. deu um pouco do liquido ao gato da família, que
morreu instantaneamente. Então a entidade falou, exclamando com felicidade
"Eu dei ao velho John uma dose disso ontem a noite, o que fez ele ficar
bom!" John Bell Jr. jogou o frasco na lareira da casa, onde o liquido
queimou em uma bola de fogo que subiu pela chaminé.
Imagem de: Authenticated History of the Bell Witch, M.V. Ingram, 1894. |
O enterro de John Bell foi um dos
mais longos já acontecidos em Robertson Country, Tennessee. Quando a família e
os amigos de John iam saindo do cemitério, a entidade ria alto e começou a
cantar. É dito que sua cantoria não parou até que a última pessoa deixasse o
cemitério. As aparições da entidade diminuíram drasticamente até o ponto em que
não existia mais depois da morte de John Bell, como se tivesse terminado o seu
propósito.
Em Abril de 1821, a entidade
visitou a viúva Lucy Bell, e disse que retornaria dali sete anos. Então voltou
em 1828, como prometido. A maior parte da visita se centrou em John Bell Jr.,
com qual a entidade discutia vários assuntos como a origem da vida,
civilizações, cristianismo, e que o mundo precisava de um recomeço espiritual
em massa. Algo de muita significância foi que a entidade previu o começo da Guerra
Civil e outros eventos.
A entidade se despediu depois de
três semanas, prometendo voltar a visitar os descendentes de John Bell dali 107
anos. O ano teria sido 1935, e o único descendente direto de John Bell ainda
vivo era um psicanalista de Nashville, Dr. Charles Bailey Bell que tinha
escrito um livro sobre a Bruxa dos Bells, publicado em 1934. Nada mais foi
publicado e não falou mais sobre o caso. Dr. Bell morreu em 1945.
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Hoje em dia, a entidade que
atormentou a família Bell e a colônia de Red River a mais de 200 anos atrás,
geralmente é culpada por manifestações inexplicáveis que acontecem perto da
antiga fazenda da família Bell. O som distante de pessoas conversando e
crianças brincando pode ser ouvido na área, e não é incomum ver "luz de velas"
dançando entre os campos escuros na noite. Fotografar é extremamente difícil;
algumas fotos tiradas no local mostram névoas, luzes, e outros fenômenos como
figuras humanoides quem não estavam presentes quando as fotos foram tiradas.
Foto da casa dos Bells ,de 1909
O caso dos Bells a 200 anos trás e eventos que continuam acontecer hoje em dia continuam um mistério. Várias teorias já foram feitas, mas não há uma em que todos os pesquisadores e entusiastas sobre o caso concordem plenamente entre si - e provavelmente nunca concordarão. Pessoas diferente tem padrões diferentes de "provas". Muitos concordam que havia "algo" muito errado em Red River no começo de 1800, e que ainda possa existir "algo" errado nos dias de hoje.
Quem sabe? Aconteceu com a
família de John Bell em 1817; talvez, na próxima vez aconteça com sua família.
Pense nisso. Bons sonhos.
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