sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O Jogo do Copo - Parte 3

Parte 3 – Na Caverna


Bárbara andava não agüentou o cansaço e dormiu antes do amanhecer. Segundos depois começou a sonhar. Ela estava com a roupa do hospital e descalça. Estava caminhando em uma estrada de terra cercada de arvores dos dois lados. Era noite e a única luz presente vinha da lua nova no céu. Ela estava sozinha, andando sem rumo, até que avistou a silhueta de uma pessoa no horizonte. Ela correu em direção a pessoa e ao aproximar-se viu que se tratava de sua avó que havia falecido dois anos atrás.

“Vovó Emilia?” – disse ela com voz tremula.

Sem dizer nada sua avó abriu os braços. Barbara foi ao seu encontro e a abraçou. As duas se emocionaram e lágrimas escorreram por seus rostos.


“Venha, vamos andando. Eu vou te contar algo.” – disse a senhora levando Bárbara pelo braço. “Algumas pessoas vêm ao mundo com missões especiais e carregam dentro de si um poder muito forte, muitas falham e outras não. Mas todas sentem o chamado do dever no momento certo, ou quase todas. O poder que há em você despertou muito antes da hora, por uma boa causa, mas antes da hora. O mundo é assim, coisas inusitadas acontecem a todo momento. Eu estou aqui para te dizer que você tem que entender que você tem esse poder e que você deve acreditar em si para usá-lo. O que você fez dentro daquele quarto de hospital foi algo raro. Artur também tem um poder dentro dele, mas é diferente do seu. Mais para frente ele vai entender, mas nesse momento o demônio quer usá-lo para seu próprio interesse.”

Emilia segurou o rosto de sua neta com força e olhou-a nos olhos.

"Entenda isso querida. Só você, pode salvar seus amigos. Muitas vidas dependem disso. Por conta daquela “brincadeira” vocês criaram algo muito perigoso.”

“Como vó? Eu não sei como. Eu estou com medo, acho que não sou a pessoa certa. Alguém tem que me ajudar.”

“Você é inteligente, você vai encontrar uma maneira. E se você não for a pessoa certa, acho que estamos em sérios apuros.” - respondeu Emilia desaparecendo no ar.

Bárbara acordou com um pulo. Sua mãe estava a seu lado com o médico.

“Boas notícias filha. O doutor acabou de te dar alta.” – disse Sofia sorrindo para a filha.

Sem prestar muita atenção nos dois, Bárbara pegou seu celular e ligou para Artur, mas deu na caixa de mensagens. Em seguida ligou para o celular de Caio e José e também estavam desligados. Ligou para a casa de Artur, uma mulher atendeu.

“Oi dona Silvia. Aqui quem fala é a Bárbara. O Artur se encontra em casa?”

“Não, está na escola. Você está melhor?” – respondeu a mãe de Artur.

“Estou sim, obrigada. Me desculpe, eu estou meio perdida no tempo. Que dia é hoje?”

“Quinta-feira .”

“A senhora pode pedir para o Artur me ligar assim que ele chegar em casa?”

“Claro. Melhoras para você.” – respondeu a mulher, desligando logo em seguida.

Recebendo alta do hospital Bárbara e sua mãe foram direto para casa. Bárbara disse que iria descansar um pouco mais e foi para o seu quarto. Ela deitou na cama e começou a pensar em um jeito de acabar de vez com essa história. Seu computador que ficava de frente para sua cama estava ligado com o navegador de internet aberto em sua página inicial, o Google.

“Ah, a melhor invenção desde o ar condicionado!” – exclamou.

Sentando-se em frente ao computador ela começou sua busca por explicações e informações sobre o tabuleiro ouija. Entrando página por página, link após link e lendo um monte de matérias imprestáveis ela começou a ficar frustrada. Mais de quatro milhões de resultados, poderia levar meses para descobrir alguma informação valiosa. Mesmo assim ela poderia tentar alguma das dicas que tinha lido. Uma página dizia para jogar água benta no tabuleiro, outra dizia para queimar o tabuleiro e enterrar as cinzas e outra dizia que para ficar livre do espírito era só jogar o tabuleiro fora.

Nenhuma dessa dicas a convenceu e ela seguiu procurando. Ela acabou achando um site em espanhol que chamou sua atenção. Finalmente ter freqüentado o cursinho de espanhol forçada por sua mãe serviria para alguma coisa. Neste site ela leu uma história contando os eventos parecidos com o que havia ocorrido com ela e seus colegas. O fato havia ocorrido no México. Um grupo de rapazes foi acampar em um local onde houve um suicídio em massa. O local foi escolhido pelo espírito. Lá um dos rapazes foi possuído e com suas próprias mãos matou alguns de seus amigos. Um deles tropeçou em uma mochila e acidentalmente caiu em cima do copo utilizado para a brincadeira. O copo ficou em pedaços. Nesse momento o espírito perdeu o controle sobre o jovem.

O celular de Bárbara tocou. Na tela apareceu o nome de Artur e ela atendeu rapidamente.

“Bárbara, fiquei sabendo que você saiu do hospital. Eu, José e o Caio estamos entrando na cave agora e...” – falou Artur sendo interrompido por Bárbara.

“Escuta, sai daí agora. Venha para minha casa.” – disse Bárbara.

“Conexão...cave...ruim...vem...”

“A ligação ta cortando, sai da cave.” – gritou.

Sem obter resposta, ela saiu do quarto desesperada. Ela procurou sua mãe, mas não a encontrou. Decidiu ir até a cave de bicicleta, em dez ou quinze minutos estaria lá.



Enquanto isso os demais entravam na cave. Eles foram instruídos a ir até no final da caverna onde a escuridão era total e ninguém os encontraria. Chegando ao local dito por Mestre eles colocaram o tabuleiro no chão. Apagaram as lanternas que usaram para chegar até lá e acenderam algumas velas. Os três se sentaram em volta do tabuleiro e colocaram suas mãos no objeto circular no centro.

“Mestre, você está entre nós?” – perguntou Artur.

O objeto começou a tremer e começou a mover-se e girar. Foi até o número 6, afastou-se um pouco e voltou ao número 6, afastou-se novamente e voltou ao número 6. O objeto voltou ao centro e ficou lá por alguns segundos. Novamente voltou a mover-se formando o número 666 continuamente. Os três rapazes se entreolhavam assustados. Eles sabiam o que aquele número representava.

As velas se apagaram. Nada podia ser visto. Algum deles retirou a mão do objeto do tabuleiro.

“Quem tirou a mão do copo?” – perguntou José.

“Não fui eu.” – respondeu Caio. “Artur foi você?” – completou.

“Sim, chegou a hora de começar a diversão.”

A voz veio da direção onde Artur estava sentado, mas os outros rapazes sabiam que aquela não era sua voz.

A vela próxima de onde Artur estava sentado acendeu-se. José e Caio olharam para Artur com terror. Seu rosto estava pálido e estava alongando-se. Artur sorriu, agora com dentes pretos e pontiagudos. Ele colocou o dedo indicador sobre seus lábios negros, dizendo aos demais para ficarem em silêncio. Seus dedos também tinham alongado e agora estavam o dobro do tamanho de um dedo normal. Suas unhas mais pareciam garras com uns cinco centímetros cada com a ponta como de um punhal.

Ele jogou sua cabeça para trás fazendo seu pescoço estalar. Olhando para Caio ele levantou-se fazendo um sinal para que o rapaz ficasse quieto.

“Eu não preciso mais de você.” – disse Artur.

“Artur, o que você está fazendo?” – Perguntou Caio.

“Artur? Não, seu amiguinho agora é só um expectador, seu mestre é quem está no comando. O mais excitante de tudo é que ele verá tudo acontecer, mas será impotente de ajudar vocês de qualquer maneira.” – disse mestre.

Agachando, Mestre pegou Caio pelo pescoço. O rapaz se esforçava para livrar-se de mestre, mas a força que ele tinha era imbatível. José pulou nas costas de Mestre gritando e unhando suas mãos.

“Solta ele seu desgraçado, volte para o inferno de onde veio.” – gritou José observando Caio ficar roxo.

“Eu vou sim, em breve, e você estará comigo.” – respondeu Mestre dando uma risada macabra.

Mestre jogou o Caio com força em uma pedra. Suas costas atingiram a quina da pedra, fazendo com que sua espinha quebrasse. José, ainda nas costas de mestre, escutou o som dos ossos quebrando e começou a chorar. Com uma facilidade de um humano pegando um filhote de cachorro, mestre segurou os braços de José e o tirou de suas costas. Agora era o pescoço de José que estava sendo pressionado. Ele começou a sufocar. Mestre apertava o corpo de José contra a parede úmida da caverna.

“Eu vou te ensinar a me respeitar. Vou te dar uma chance, da próxima vez que você se virar contra mim eu vou te matar de uma maneira muito desagradável, para você é claro. Mas aqui vai uma pequena lição.”

Mestre estendeu seu dedo mindinho da mão esquerda. A unha era tão grande como o dedo. Lentamente ele enfiou a unha dentro do olho direito de José que gritava implorando por misericórdia. Retirando a unha lá de dentro ele a levou até sua boca.

“Ahhh que saudades. Vocês humanos tem um gosto muito bom, não importa que parte.” – disse Mestre olhando para José.

José olhou para o demônio com desânimo. Tudo estava perdido. Mas alguma coisa atrás de mestre chamou sua atenção. Tentando enxergar na escuridão ele não sabia direito o que era. Percebendo o olhar de José, Mestre o soltou e olhou para trás. Bárbara estava lá de pé, em cima do tabuleiro e segurando o objeto usado como copo em sua mão direita.

“Eu vou acabar com essa merda agora.” – disse ela com ar triunfante.

“Você nem sabe como. Você é só uma criancinha mimada, cheia de dúvidas e querendo atenção.” – respondeu Mestre.

“Vamos testar sua teoria.” – disse Bárbara sorrindo.

Ela jogou o objeto para cima e quando ele caiu em sua mão novamente ela arremessou-o com toda sua força na parede mais próxima de onde estava. Mestre arregalou os olhos, gritou e saltou de forma desumana em direção ao objeto deixando-o escapar somente por alguns centímetros.

Atingindo a parede o objeto estilhaçou-se em pequenos pedaços. Uma luz forte emanou do lugar de impacto. Mestre se contorcia de dor e gritava desesperadamente.

“Um dia eu volto. Você ainda vai me pagar.”

Bárbara assistia aquilo com uma satisfação inexplicável. Aos poucos o corpo de Artur foi voltando ao normal, mas ele estava inconsciente. José estava chorando com a mão em cima do olho perfurado. Caio também estava inconsciente.

3 meses depois


Artur abriu os olhos e notou que estava em um hospital. Seu corpo doía e seus membros não respondiam bem a seus comandos. A luz que vinha da janela o incomodava um pouco. Sua visão foi ajustando-se a claridade e ele pôde ver melhor. Bárbara estava sentada em um sofá. Ela estava diferente, muito diferente. Seus cabelos, antes pintados de vermelho agora estavam marrom escuro, a cor natural. Também estavam amarrados como um rabo de cavalo em vez de soltos e despenteados. Ela agora usava um short bege e uma camiseta branca ao invés das calças pretas surradas e blusas rasgadas. Ela já não usava o lápis preto ao redor dos olhos. Agora um óculos retangular cobria seus olhos. Ela estava lendo um livro. LENDO.

“Ei, o que você fez com a minha amiga?” – disse Artur.

Bárbara olhou para Artur, jogou o livro de lado e sorrindo foi até a cama. Ela colocou a cabeça no peito de Artur e o abraçou. Lágrimas escorreram de seu rosto molhando a camiseta do rapaz.

“Eu sabia que você iria melhorar, eu sabia.” – disse Bárbara chorando. “Você é muito dorminhoco.” – completou já mudando seu tom de voz e limpando as lágrimas em seu rosto.

“Há quanto tempo estou dormindo?”

“Três meses. Eu tenho vindo todos os dias para o hospital depois da escola. Caio e José também, eles devem aparecer a qualquer momento.” – respondeu ela.

“E o que aconteceu com você nesse tempo?”

“Resolvi mudar um pouco, aquele visual me deixava com a energia muito negativa.” – respondeu Bárbara.

Naquele momento Caio e José entram pela porta do quarto. Artur sentiu seu coração afundar e ele não pôde controlar o choro, apesar de seus amigos sorrirem quando o viram consciente. Caio estava em uma cadeira de rodas e José usava um tampão seu olho.

“Galera, me desculpa. Tudo isso foi minha culpa.” – disse Artur chorando francamente.

“Shhhh.” – disse Bárbara levantando uma mão. “Nós somos tão culpados quanto você. Também nós fizemos um pacto de nunca mais falar nesse assunto, mas também nunca esquecer.”

Com uma das mãos Artur segurou a mão de Bárbara, com a outra passou a mão por seu rosto. Ela o beijou e os quatro riram. Eles sentiam que suas vidas tinham mudado e um sentimento de esperança dizia que para melhor.

FIM

O Jogo do Copo - Parte 2

Parte 2 – No hospital


O episódio com os quatro adolescentes foi definido como um acidente causado por uma brincadeira boba. Quando questionaram Bárbara sobre o que tinha acontecido ela disse que, no escuro, tropeçou e caiu várias vezes, esbarrando nas cadeiras. Ela preferiu não contar a verdade, pois quem iria acreditar que com uma brincadeira eles haviam evocado um espírito do mau?

Bárbara estava almoçando quando viu Artur, José e Caio entrarem pela porta de seu quarto no hospital onde se recuperava. Ela sentiu um aperto forte no coração, algo estava errado. Os três, que alguns dias antes eram alegres, fortes e vivos agora pareciam zumbis. Estavam pálidos, com os olhos fundos e andavam curvados.

“Nossa e eu pensando que tinha levado a pior.” – disse ela em seu tom brincalhão.

Ninguém riu. Seus olhares desesperados contavam que algo muito ruim estava acontecendo. Artur foi o primeiro a se aproximar. Ele se aproximou de Bárbara e segurou sua mão. Bárbara notou que ele estava segurando para não chorar.

“Aquela brincadeira foi um erro.” – disse Artur. “Você não faz idéia do que estamos sofrendo. E também pelo que aconteceu com você. Essa entidade que nós evocamos está nos atormentando, todos os dias e todas as noites.” – completou enquanto limpava uma lágrima caindo de seu rosto.

“Vocês tem que contar isso para seus pais. Alguém vai ajudar vocês.” – disse Bárbara.

“Não. Ele disse que se contarmos para alguém nós vamos morrer.” – respondeu Caio.

“Vocês jogaram de novo? Eu não acredito. Que falta de responsabilidade, olha o que aconteceu comigo.”

“Não tivemos escolha. Como eu disse, ele está nos atormentando. O fantasma aparece a qualquer hora ou lugar. Ele não pode se comunicar, mas eu o vejo o tempo todo. Dentro do meu guarda-roupas, no banheiro ou quando estou comendo. Quando durmo tenho pesadelos onde ele me leva para um lugar escuro e no sonho eu viro seu escravo. Ontem eu estava conversando com minha mãe e estava a ponto de contar tudo pra ela, mas ele apareceu. Ficou fazendo gestos como se estivesse cortando o pescoço dela ou a enforcando.” – respondeu José.

“O mesmo esta acontecendo comigo e com o Caio.” – completou Artur. “Eu peguei o tabuleiro e nos reunimos na casa do Caio. Lá o espírito nos disse que só vai nos deixar em paz quando nós fizermos a brincadeira do copo na cave.”

“Não contem comigo, eu já paguei caro pelo meu erro. Acho perigoso vocês o fazerem também, a energia de lá é negativa. Vocês já escutaram as histórias e lendas urbanas que envolvem o lugar. Isso está me cheirando como uma armadilha.” – disse Bárbara.

“É verdade. Mas que escolha nós temos? Eu tenho medo de contar para algum adulto e ele acabar saindo machucado, ou pior. Se não formos ele nunca irá nos deixar em paz.” – disse José. 

Enquanto os outros conversavam, Caio afastou-se do grupo e andou em direção a janela. Eles estavam no sexto andar do hospital e a paisagem que se via era linda e hipnotizante. Uma vontade de pular repentina correu por seu corpo. Ele não entendia aquele sentimento, mas pensava que saltar o faria sentir-se livre. Algo como solucionar um problema sério ou ler a última página de um livro ruim. Aquela sensação foi crescendo dentro dele e seguindo um instinto incontrolável ele subiu na poltrona que ficava a beira da janela. Alguém chamou seu nome com um grito. Ele sabia que era um grito pelo tom, mas a voz chegou abafada em seu ouvido. Ele decidiu que não era importante dar atenção ao chamado e colocou uma perna para fora da janela.

Todos gritaram e correram em direção a Caio. Bárbara foi a primeira. Ela saltou já em direção a janela. A agulha do soro presa ao seu braço rasgou sua pele. Ela gritou, mas sem hesitar por um segundo alcançou a camisa de Caio e o segurou firme. Os demais finalmente chegaram para ajudá-la a segurar o corpo de caio que todavia pendia para fora. Eles puxaram o rapaz para dentro e o deitaram no chão, segurando-o com força.

Piscando os olhos Caio parecia voltar a si. Com olhos confusos ele observou os três segurando-o ao chão. Percebendo que ele parecia voltar a si seus amigos o soltaram. 

“O que aconteceu Caio?” – perguntou Artur.

“Eu não sei, não consigo explicar. Em um momento eu estava aqui, no outro eu estava na janela prestes a pular. Um sentimento mais forte que me dizia para pular. Que estranho. Se não fosse por vocês eu estaria morto.” – respondeu Caio com voz tremula e olhos cheios de lágrimas.

Todos se viraram para Bárbara que segurava seu braço tentando estancar o sangue que saia do corte feito pela agulha quando ela pulou para salvar Caio. Ela franziu a testa.

“É só um corte bobo, vocês tem coisa muito mais importante para se preocuparem.” – respondeu com um tom áspero. 

Artur sentiu um frio na barriga. Uma vontade de abraçá-la. Observou com detalhes seu rosto branco e seus lábios pequenos e rosados. Bárbara era durona e as vezes mal encarada, mas ele sabia que por baixo de toda aquilo havia uma menina insegura e doce. Ele sentiu seu rosto queimando e sabia que estava vermelho. Com sorte ninguém iria notar. Será que ele estava se apaixonando por ela? Ele chacoalhou a cabeça e desviou seu pensamento. 

“Talvez depois que isso tudo estiver terminado.” – pensou.

Depois de algumas horas discutindo possíveis soluções para o problema e sem chegar a uma resolução os três rapazes foram embora. Logo depois, Sofia, mãe de Bárbara, chegou ao hospital.

“Oi filhóta.” – saudou Sofia. “Mamãe veio dormir com você.” – completou apertando a bochecha da filha que franzindo a testa tirou a mão da mãe de seu rosto. “Você está estressada nenê? Olha o que eu trouxe pra para a janta.”

Sofia retirou da sacola um hambúrguer e uma batida de morango. Bárbara como sempre tentou disfarçar a felicidade, pois gostava de fazer papel de durona até para sua família, mas sua mãe a conhecia bem. Cedendo finalmente a alegria de ver aquele x-tudo e o batida de morango ela abriu um belo sorriso.

As duas comeram e conversaram sobre diversos assuntos e assistiram televisão. Quando o hospital começou a ficar mais silencioso elas se prepararam para dormir. Sofia ajeitou-se no pequeno sofá do quarto. 

“Mãe, a senhora acredita em vida após a morte?” – perguntou Bárbara.

“Eu não sei filha. Eu procuro não pensar nisso. Você sabe, seus avós são católicos então eu ia a igreja quando era pequenas, mas na verdade não sei em que acreditar. Por que você esta perguntando?”

“Quando eu tive o acidente no auditório eu pensei que eu iria morrer e fiquei com medo. As vezes também tenho medo de espíritos, almas penadas e outras coisas.” – disse Bárbara procurando uma maneira de contar tudo para a mãe.

“Não tenha medo filha. Eu nunca vi ou senti nada, mas também nunca procurei. Eu acho que essas coisas são melhores se são deixadas em paz. E sobre a morte eu penso que se existe vida após a morte deve ter algo bom pra mim do outro lado, pois eu tenho a consciência limpa. Se não existe eu não saberei, pois estarei morta. Então pra que me preocupar.” – disse Sofia.

“A senhora tem razão. Boa noite.” – respondeu Bárbara.

As duas dormiam profundamente. Mestre, como gostava de ser chamado, andava de um lado para o outro no quarto do hospital pensando em alguma maneira de atormentar a vida delas e neutralizar Bárbara. Ele sabia que ela era uma ameaça ao seu plano. 

Ele era uma entidade demoníaca. Andava pela terra trazendo desgraça e sofrimento para as pessoas. Havia pouco que podia fazer em sua verdadeira forma. A surra que havia dado em Bárbara veio a grande custo. Materializar-se para tal feito não era fácil. Exigia energia acumulada por anos. Mas ele sabia que compensava, pois Artur era a conexão perfeita com o mundo material para poder continuar sua obra de terror. 

Ele sentia um grande poder em Bárbara. Ela tinha uma personalidade forte e uma força de vontade rara. Mas não era só isso, algo mais, mas ele não podia entender o que era. De qualquer maneira, ela era uma ameaça e ele tinha que acabar com ela ali mesmo. 

Mestre estava fraco para executar um assassinato sozinho. Sufocar-la seria simples, mas ele não conseguiria materializar-se o suficiente para segura-lá a cama e tampar sua boca e nariz ao mesmo tempo. Ele começou a enviar energias negativas para todos os lados requisitando ajuda de outras entidades. Não seria difícil conseguir, pois haviam muitos pelo mundo que o deviam favores. Não era incomum a troca de favores e o trabalho em grupo. Algumas atividades exigiam legiões inteiras para serem executadas.

Em questão de segundos, mãos saíam de baixo da cama entrelaçando Bárbara como correntes. Ela acordou imediatamente, tentou gritar, mas Mestre já tinha materializado suas mão e agora cobria não só a boca, mas também o nariz de Bárbara.



Sentindo-se vitorioso Mestre sorri desfrutando o momento, mas algo inesperado ocorre. Bárbara para de se debater e sua aura começa irradiar luz. Com o quarto mais iluminado ela pôde ver a imagem de mestre. Ele era horroroso, mas ela com seu bom humor imaginou que ele poderia ser o filho do Frankenstein com o Corcunda de Notre Dame. Mestre escuta os pensamentos de Bárbara e sente debaixo de suas mãos que a boca, que antes procurava desesperadamente por ar, agora sorria. 

Uma fúria incontrolável se apoderou de Mestre, ele foi perdendo sua concentração e suas mãos começaram a desmaterializar, fazendo com que a entidade ficasse mais furiosa. Nesse momento o inimaginável aconteceu. Mestre sentiu que Bárbara estava em sua mente. Pela primeira vez em milhares de anos era ele quem estava sendo invadido e dominado. 

Bárbara sentiu seus pulmões enchendo-se de ar novamente. Aliviada ela olhou para Mestre que parecia estar furioso. Ela o olhou nos olhos tentando imaginar o que ele queria. Uma imagem começou a se formar em seu pensamento. O sorriso que estava em seu rosto começou a desfazer-se.

Na primeira imagem, um homem estava carregando uma cruz passando por um corredor formado por uma multidão. Outros vinham atrás segurando chicotes na mão. Mestre estava ali. Ele não podia ser visto pelos demais, mas gritava dando ordens aos carrascos para seguir machucando o homem carregando a cruz. A imagem desfez-se.

Na segunda imagem, homens com trajes medievais lutavam entre sim. Soldados invasores trancavam as pessoas em suas casas ateando fogo ao teto de palha. As mulheres eram levadas para uma carroça fechada com grades de madeira enquanto esperneavam. Outra vez mestre estava ali gritando ordens de ódio.

Na terceira imagem, soldados vestidos de verde, com uma faixa com a cruz suástica amarrada no braço esquerdo estavam em volta de uma mesa onde observavam um mapa. Um homem de cabelo oleoso penteado de lado e com um bigode pequeno, apontava o mapa dando ordens a seus subordinados. Mestre estava ao seu lado sussurrando ao seu ouvido.

A quarta imagem mostrava o mundo mais moderno, o atual. Dois rapazes vestidos com sobretudos pretos e longos andavam por uma escola. Ao entrar em uma sala de aula eles abriram o sobretudo, sacando armas e matando vários de seus colegas. Novamente Mestre estava lá gritando e dançando ao som de gritos desesperados e armas de fogo.

A próxima imagem mostrava Artur e José caminhando por um shopping com cara de suspeitos. Cada um deles carregava uma mochila que parecia muito pesada. Antes que a imagem prosseguisse Bárbara começou a tremer. A vontade de acabar com Mestre foi aumentando, seu corpo irradiava cada vez mais luz até que uma explosão de energia vinda de seu corpo irradiou todo o quarto. Mestre a olhava confuso e com medo.

“Eu não vou deixar.” – disse ela.

Mestre e todas as mãos que a seguravam desapareceram do quarto. Bárbara olhou para sua mãe que estava dormindo sem saber de nada que estava acontecendo. O relógio ainda apontava cinco da manhã. Ela iria esperar amanhecer e contar tudo aos demais.

Enquanto isso, Mestre estava nos confins da Cave. Tudo havia mudado. Como iria executar seu plano agora? Ele sabia que o mundo estava cheio de gente com poderes como o de Bárbara, mas ele sempre tomava cuidado para não se aproximar de uma delas. O poder da garota estava adormecido e ele o havia despertado. Maldição. Agora mais do que nunca ele não podia falhar ou poderia sofrer sérias conseqüências. Ele não iria falhar.

Agora sua única chance de sucesso seria pressionar os três rapazes a fazerem a brincadeira do copo na caverna antes de Bárbara contar o que havia visto ou pudesse intervir. Uma vez que conexão com Artur fosse completa e o rapaz seria seu escravo até a morte.

Continua...

O Jogo do Copo - Parte 1

A história foi baseada na conhecida lenda urbana da brincadeira do copo. Espero que gostem.

Parte 1 – Na Escola


Artur é um adolescente que todos consideram atentado, mentiroso, desafiador, problemático e enxerido. Ele esta sempre se metendo em encrenca e levando outros junto. Ele gosta de invadir casas abandonadas, ir a lugares proibidos e fazer tudo que os adultos dizem que não pode ou é perigoso. Artur vai descobrir que certas coisas são melhores quando deixadas quietas.

Quatro adolescentes estavam sentados na biblioteca da escola onde estudavam quando Artur chegou. Todos ali tinham treze ou quatorze anos. Eram três e meia da tarde e apesar de estudarem de manhã, eles estavam ali para fazer um trabalho.

“Fala ai galera.” – disse ele, vendo todos se virarem em sua direção. “Vocês não sabem o que eu consegui.” – continuou tirando uma caixa da mochila. “Isso aqui é um tabuleiro de ouija. Com esse tabuleiro agente pode brincar da brincadeira do copo.



“Agora o Artur pirou de vez?” – Disse uma das garotas. “Nem louca eu vou mexer com isso. To fora, não quero nem escutar o resto.” – completou já se levantando da mesa e saindo.

Os demais esticaram seus pescoços em direção ao tabuleiro.

“Vamos para o auditório, eu vi os alunos da terceira série terminando o ensaio da apresentação do dia das mães e a porta ficou aberta. O zelador só volta para trancar no final da aula.” – disse José, um dos melhores amigos de Artur.

Sem mais nenhuma palavra eles pegaram suas mochilas e foram para o auditório.

O auditório era grande, podendo acomodar facilmente trezentas pessoas ou mais. Na parede da direita ficava um conjunto de janelas com mais ou menos dois metros de altura que iluminavam muito bem o ambiente. Cortinas grossas de veludo azuis estavam amarradas a cada poucos metros. A entrada do auditório por dentro da escola era ao lado do palco. Havia outra entrada pelos fundos do auditório que dava para fora da escola e era acessada por uma sala adjacente, mas era aberta para os pais somente quando havia alguma apresentação. Essa porta era de vidro com grade de ferro trabalhada em desenhos de flores. Eles foram para os fundos de modo que se algum professor ou o zelador entrasse no auditório eles poderiam ficar escondidos atrás dos assentos.

Artur colocou o tabuleiro no chão atrás da última fileira de assentos e todos sentaram ao redor. Eles estavam ansiosos para começar. Alguns sorrindo, outros com medo e sentindo o coração pular dentro do peito, mas com vergonha de dar para trás.

“Certo, agora todo mundo coloca a mão em cima desse objeto aqui.” – disse Artur mostrando um objeto circular com uma seta pintada. “Nós temos que invocar algum espírito. Se concentrem e vamos tentar chamar algum.”

“Deixa eu tentar.” – disse Bárbara, uma das mais loucas ta turma. “Pedimos que algum espírito ou entidade venha falar conosco. Juntem-se a nossa volta e responda a nossas perguntas.” – completou.

Eles se entre olharam esperando que algo acontecesse ou o objeto se movesse. Por vários segundos nada aconteceu, o suspense ficava mais intenso. Um deles estava prestes a dizer algo quando Bárbara gritou. O som de terror fez com que todos saltassem longe, olhando com horror para ela que já dava gargalhadas pela peça que ela tinha pregado nos colegas.

“Mas você é muito idiota mesmo Bárbara. Vai para o inferno.” – resmungou José.

“Eu não estou gostando nada disso.” – disse Caio, o mais franzino e medroso da turma.

“Calma gente, só uma brincadeirinha pra descontrair, vamos começar de novo. Dessa vez é sério e sem brincadeira.” – respondeu Bárbara.

Todos se sentaram novamente em volta do tabuleiro e colocaram as mãos sobre a peça.

“Há algum espírito entre nós?” – Perguntou Artur.

O objeto começou a mover-se lentamente e foi arrastando até a seta apontar para a palavra “SIM”. Eles arregalaram os olhos.

“Não sou eu, se alguém estiver brincando agora é hora de parar.” – disse Bárbara.

“Você pode dar alguma outra manifestação da sua presença?” – perguntou de novo Artur.

Uma pancada alta vinda da janela fizeram todos se assustar. Artur arregalou os olhos e sorrindo continuou.

“A Bárbara vai passar de ano?”

A peça se moveu lentamente para a palavra NÃO.

“A esse ponto do ano e com as minhas notas eu não preciso de espírito nenhum me dizer isso. Agora eu vou perguntar algo sobre você. Espírito, o Artur vai ter uma morte lenta e dolorosa?”

A peça lentamente se moveu para a palavra SIM.

“Você esta passando dos limites Bárbara.” – reclamou Artur franzindo a testa, enquanto os outros tremiam de medo “Você pode nos dizer seu nome, ou te chamamos de espírito?”

A peça novamente começou a mover. Primeiro, moveu-se lentamente até a letra M, depois a letra E, depois S e com uma velocidade anormal completou com as letras TRE.

“Mestre?” – perguntou Bárbara. “Está de sacanagem.” – completou.

“Você não quer deixar o espírito bravo.” – disse Artur. “Mestre, você pode nos responder tudo que queremos?”

Outra vez a peça moveu-se demasiadamente rápido. Todos olhavam com olhos arregalados para o tabuleiro lendo, AQUI NÃO.

“Onde então?” Perguntou Artur.

Bárbara e os outros garotos retiraram suas mãos do objeto. Artur por fim retirou sua mão também e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa a peça moveu por si própria. Em um ritmo acelerado o objeto soletrou “CAVE”.

Artur sorriu. Cave era como os adolescentes chamavam uma caverna que ficava em um parque da cidade. Apesar de ser proibido entrar nessa caverna os jovens sempre se reuniam lá para usar drogas ou outros atos de promiscuidade. O lugar em si tinha uma energia negativa que assustava Bárbara que havia ido ao local pouquíssimas vezes.

“Nunca que eu vou entrar na cave pra fazer essa brincadeira estúpida. E vocês também não deveriam. Eu já escutei muitas histórias onde as pessoas se deram mal. Agente não sabe quem ou o que está nos respondendo.”

“Você não quer deixar o espírito bravo, quer Bárbara?” – perguntou de novo Artur.

Antes mesmo que Artur pudesse terminar de pronunciar o nome de Bárbara as cortinas do auditório se fecharam. A escuridão no auditório era completa e o terror começou.

Bárbara sentiu duas mãos tocarem seus ombros com força e arremessando-a longe. Ela foi escorregando no piso de madeira encerado, um de seus tênis voando para o lado. Ela gritou alto, queria falar, mas não encontrava palavras. Ela sabia que não havia sido empurrada por um de seus amigos, nenhum deles tinha tamanha força.

As mãos outra vez lhe tocam, desta vez nos braços. Ela foi puxada, distanciando ainda mais de seus amigos que gritavam seu nome desesperadamente. Bárbara rolou e ficou de bruços para tentar levantar, mas foi detida por uma mão em sua cabeça que puxando seus cabelos, elevou sua cabeça alguns centímetros e logo depois arremessou-a contra o piso. Sangue escorria misturado com suas lágrimas e saliva. Em choque, com dor e sem forças ela se entrega e para de se debater.

Bárbara havia aceitado sua morte. Começou a rezar para que a morte fosse rápida para que seu tormento acabasse. Ela pensou em seus pais. Sendo filha única o sofrimento deles seria insuportável, especialmente para sua mãe. Novamente ela sentiu uma dor excruciante, agora em suas costas. A dor foi seguida de um barulho de chicote. As chicotadas continuaram até que ela, não suportando mais, desmaiou.

O resto da turma não via nada, mas ouvia tudo. Aterrorizados, eles correram para a sala adjacente onde se encontrava a porta de vidro grande que dava para fora da escola. Gritando e esmurrando a porta eles conseguiram a atenção de alguém que passava na rua.

“Moço, socorro. Estamos trancados aqui, avise na secretaria e peça que alguém venha abrir para nós. Uma de minhas amigas está machucada.”- gritou José para o homem do lado de fora.

Ele fez um sinal de positivo com o polegar e saiu em direção a entrada da escola.

Passado alguns minutos eles escutaram mais barulho no auditório e foram ver se era a ajuda chegando. A diretora, seguida da coordenadora e do zelador entraram furiosos e quando viram Bárbara no chão foram a seu socorro tirando sua atenção dos demais. Aproveitando o momento Artur enfiou o tabuleiro em sua mochila.

O zelador correu para cima do palco e desaparecendo atrás da cortina acendeu as luzes. A coordenadora e a diretora se ajoelharam ao redor de Bárbara.

“O que aconteceu aqui?” – perguntou a diretora.

“Nós só estávamos brincando. Fechamos as cortinas e a Bárbara começou a gritar. Pela escuridão não conseguimos encontrar a porta. Acho que ela teve um ataque e caiu.” – respondeu Artur, recebendo olhares fulminantes de José e Caio.

“Direto para a diretoria, os três.” – resmungou a coordenadora.

Continua...

A Babá e o Palhaço

Susy chegou pontualmente às nove da noite na casa onde iria cuidar de duas crianças de três e cinco anos enquanto seus pais iriam a um jantar de negócios em uma cidade vizinha.

Depois de dar as explicações para o casal saiu da casa deixando Susy com as crianças que já haviam ido deitar-se, o que evitou que ela conhecesse as crianças ou seu quarto.

Algum tempo depois ela escutou choro de crianças no andar de cima onde ficavam os quartos e foi lá ver o que era. Chegando lá encontrou as duas meninas chorando muito.

“O que foi?” – perguntou Susy.

“Eu não gosto de palhaços.” - disse uma delas estendendo a mão para um canto do quarto.



Susy levou um susto ao ver um boneco de palhaço do tamanho de uma pessoa adulta. Segundos após recuperar do susto ela também ficou com medo, pois aquele boneco era muito assustador. Pensou por que os pais deixariam um boneco tão feio no quarto das meninas. Ela sentou e cantou canções para as duas até elas voltarem a dormir. Depois disso voltou para o primeiro andar da casa e foi assistir televisão.

Um estouro acompanhado do choro das meninas minutos depois alertou novamente a babá. Ela correu para o quarto onde as meninas encontravam-se chorando da mesma maneira de ante.

“Vocês tem que voltar a dormir. Ainda estão com medo do palhaço?

“Ele estourou um balão pra nos assustar.”

Susy olhou para o chão e viu o balão estourado, uma agulhada no estomago a deixou preocupada. Ela olhou para o palhaço uma vez mais e pensou que ele estava em outra posição da primeira vez que ela o viu. Ela também ficou com medo e disse para as meninas que iria pedir para os pais virem embora. Desceu as escadas e pegou o telefone que estava na parede, mas estava sem linha. Foi até sua bolsa, pegou o celular e digitou o numero deixado pelos pais das crianças, a mulher atendeu.

“Oi aqui é a Susy, eu estou ligando porque as meninas estão com muito medo. Eu queria saber se eu posso tirar ou cobrir aquele boneco de palhaço gigante lá no quarto delas.”

“O que? Nós não temos nenhum boneco de palhaço em casa.”

 Somente ai Susy deu-se conta que não mais ouvia o choro das crianças e saiu em disparada para a escada. O suor frio descia pela sua testa, seu coração disparado e a boca seca deixam clara a sensação de pavor que ela sentia naquele momento. Cada degrau da escada parecia ter quilômetros, pois ela queria ver as crianças e saber se estava tudo bem. A única coisa que a mãe da criança escutou foi um grito e o telefone caindo no chão.

O casal voltou para casa imediatamente e quando chegaram encontraram as duas crianças e a babá mortas. Todas tinham seus rostos pintados de palhaço e um balão de hélio amarrado no braço.

Reportagem da CNN de fantasma flagrado em escola - Vídeo

Esse é um vídeo que eu garanto ser bom e o fato de que essa é uma reportagem feita pela CNN dá muita credibilidade. Repare no vídeo que da para ver claramente a sombra no chão do fantasma. Estou muito intrigado pela qualidade do vídeo.



                                                               E você, o que acha?

A Casa de Campo - Parte 2

A Casa de Campo - Parte 2


“Vamos sair da casa.” – gritou Roger.

Os três correram para a sala de entrada mas pararam quando entraram. Bloqueando a porta de saída estava a velha e dois homens mais jovens, também sem olhos e pele acinzentada, vestindo trapos velhos e sujos.



“O que vocês querem?” – Gritou Carol.
Um dos homes apontou para cima. Os três olharam e se viram pendurados no teto pelo pescoço, enforcados e mortos. Alex começou a chorar e abraçou os pais.

“Não tenha medo filho.” – disse o pai puxando uma corrente que tinha em seu pescoço.

Roger estendeu sua mão mostrando o pingente da corrente que usava. A velha gritou, sua boca abriu como se ela fosse engoli-los e do vazio onde seria seus olhos saia fogo. Os dois homens estavam grunhindo e correram para traz da velha que por sua vez continuava abrindo a boca.

Os três começaram a andar em direção à porta principal. Roger continuava com a mão estendida mostrando o pequeno talismã e os fantasmas iam se afastando na direção oposta. A velha soltou um berro de ódio e milhares de abelhas começaram a sair de sua boca rodeando a família, porém nenhuma foi capaz de tocá-los então Alex abriu a porta e saiu da casa.

“Meu Deus.” – exclamou o rapaz.

Quando todos olharam para fora puderam ver centenas de fantasmas, não eram pessoas más, eram prisioneiros dos fantasmas perversos que os atormentavam. Carol lamentou pelas almas mas não havia nada que pudessem fazer. Continuaram caminhando cercados de abelhas e espíritos até a cerca que dividia a casa com o resto do lugar, os três fantasmas sempre seguindo eles gritando e tentando alcançá-los. Quando passaram pela cerca o silêncio tomou conta do lugar, o único que escutavam vinha dos grilos e do vento. Olharam para trás e o lugar estava vazio, a única coisa que viram era seu carro.

“Deixa esse carro velho ai.” – disse Roger sorrindo para a mulher.

“O que é isso que você tem ai?” – perguntou Alex apontando a corrente do pai.

“Eu visitei uma tribo indígena com meu pai quando eu era criança, quando estava indo embora, o líder da tribo pediu ao meu pai que eu participasse de uma cerimônia. Meu pai deixou e eu dancei e comi com eles, no final ele me deu esse talismã de madeira e me disse que era um protetor de maus espíritos e que eu deveria usar sempre que saísse da cidade.

Enquanto saiam da propriedade dois olhos flamejantes os observavam pela janela de dentro casa. O único que a velha podia fazer era esperar por novos visitantes.

Quando chegaram à cidade mais próxima comentaram do acontecido com alguns dos moradores e eles disseram que aquela casa era de uma bruxa que foi queimada na fogueira pelos moradores da região a mais de trezentos anos atrás e seu espírito ainda continuava lá espalhando a maldade pelo lugar, ninguém se atreve a entrar lá então o local fica abandonado. Dizem que se você passa por lá de noite pode ver a velha bruxa dentro da casa te convidando para entrar.

FIM

A Casa de Campo - Parte 1

A Casa de Campo - Parte 1


Era uma noite de sexta-feira de inverno, o frio não era muito mas algumas pessoas usavam casacos pesados. Carol sentia o ar gostoso no rosto pela janela do carro, apesar de gostar mais de calor o frio a estava fazendo bem esse ano. Ela, seu marido Roger e o filho adolescente Alex estavam viajando para uma casa de campo que tinham alugado para passar o fim de semana.

“O que é aquilo?” – perguntou ele apontando para o horizonte.

“Não estou vendo nada.” – respondeu Carol.

“Acho que é uma pessoa andando na estrada, que coisa louca. Vou passar devagar para evitar que...”

Ele foi interrompido por um estrondo de algo se chocando contra o para brisa. Roger agiu rápido e freou com força, por alguns instantes perdeu o controle do carro que girou algumas vezes até parar.

Desceu do carro e correu em direção ao objeto com que ele havia chocado. Olhou pro chão e se deparou com um abutre nojento que já estava morto. Ele sentiu um calafrio estranho olhando o animal. Voltou para o carro, a mulher e o filho passavam bem e ninguém se machucou. O para brisa do carro estava todo trincado, mas era somente isso. Olhou novamente para onde havia visto a pessoa andando mas não viu nada.

Seguiram a viagem por duas horas até que chegaram ao lugar. A primeira coisa que os três notaram foram as árvores do lugar, elas não tinham folhas, era pura madeira.



“Lugarzinho tenebroso, nas fotos do site parecia muito melhor” – disse Roger olhando ao redor.

“Nossa, vamos embora ta me dando calafrio só de olhar pra esse lugar, dois dias aqui vão ser longos!” – exclamou Alex.

“Já pagamos pelo lugar agora vamos ficar, deixem de ser medrosos.” – Disse Carol já destrancando a porta da casa. “Se vocês não gostaram do lado de fora esperem até ver esse lixo, até eu quero ir embora.” – reclamou ela.

Roger entrou e entendeu a indignação da mulher, a casa por dentro fedia, a mobília velha e podre e as paredes estavam todas manchadas de tinta de cores diferentes. O piso era de cimento vermelho e todo rachado. Os três decidiram ir embora e entraram no carro que no momento da partida estourou alguma coisa no motor e saiu fumaça na frente do carro. O medo tomou conta dos três, de noite, no meio do nada e sem carro para sair dali era tudo que eles não queriam.

“Vamos descer estamos presos aqui pela noite, amanhã eu pego uma carona até a cidade mais próxima e procuro um mecânico.” – disse Roger já abrindo a porta do carro.

Depois de algumas horas de tédio todos foram dormir. No meio da noite Alex acorda e sente que alguém estava se deitando em sua cama, o escuro era total e não podia enxergar nada. Ele perguntou quem era, mas a pessoa ficou calada. Sentiu uma mão tocar seu rosto e ele se apavorou, o medo era tanto que ele não podia respirar, sabia que aquela mão não era de seus pais, mas estava com muito medo para reagir.

“Tão macia e limpa sua pele, isso vai acabar.” – disse a pessoa que estava deitada com ele.

Pela voz Alex percebeu que era uma mulher e muito velha. Ele sentiu a adrenalina subir e então acendeu vela do lado da sua cama. Quando se voltou para ver quem era a imagem o aterrorizou, a mulher era realmente velha, e no lugar dos olhos estavam somente os buracos. Alex gritou e segundos depois seus pais entraram no quarto. Eles viram a mulher na cama, Carol quase desmaiou e Roger gritava e tremia.

Continua...

A igreja assombrada

Alguns anos atrás quando eu tinha 18 anos, me mudei para Salvador com a minha família, pois meu pai havia sido transferido pela empresa onde trabalhava. Alguns dias depois voltando do colégio eu vi um cartaz na porta da igreja dizendo que precisavam de zelador e decidi me candidatar à vaga. Depois de conversar com o padre ele decidiu me dar uma chance e eu comecei no mesmo dia, meu turno seria das três da tarde até as nove da noite, a igreja fechava as sete então eu tinha duas horas para limpar o chão e os assentos.

No meu segundo dia coisas estranhas começaram a acontecer e eu fiquei muito assustado. Eram umas oito da noite e o padre havia ido jantar na casa de um amigo, eu fiquei sozinho na igreja terminando a limpeza. Eu fui até o armazém da igreja buscar alguns produtos e quando voltei para minha surpresa havia uma mulher vestida de luto ajoelhada em um dos assentos e estava chorando. A principio eu pensei que tinha deixado a porta aberta então fui me aproximando para falar com ela.



“Desculpe senhora mas a igreja já esta fechada, a senhora pode voltar amanhã as sete da manhã que ela já vai estar aberta.” – disse eu à mulher que continuou com a cabeça baixa e chorando.

Vendo o estado da mulher eu a deixei ficar por ali e quando eu fosse embora eu pediria que ela saísse comigo. Continuei limpando e acabei esquecendo a mulher até que escutei passos na igreja, quando eu olhei para a direção de onde vinha eu não vi nada e a mulher já não estava lá. Eu corri para a parte de atrás da igreja, onde tinha escutado os passos, por que pensei que ela tinha ido pra lá. Quando eu cheguei não tinha ninguém, então voltei ao saguão de missas chequei todas as portas da igreja e todas estavam trancadas.

“Onde está meu filho?” – escutei uma voz vinda do altar.

Eu olhei e não tinha ninguém, só vi um vulto andando e desaparecendo. Com medo, eu saí correndo da igreja e acabei topando com o padre na porta. Ele estava muito abatido, perguntei o que era, ele me falou que sua mãe tinha falecido momentos atrás e ele veio se preparar para viajar para cidade onde ela morava. Ele entrou na igreja e eu fui atrás para ajudá-lo. A mulher estava outra vez ajoelhada no banco, quando passamos por ela o padre a ignorou totalmente e ela me olhou tirando o véu negro que cobria seu rosto. O terror tomou conta de mim, a mulher estava pálida e chorava muito. Eu decidi não dizer nada para o padre com medo que ele pensasse que eu estava fazendo uma brincadeira de mau gosto. Eu fiquei apavorado, queria sair da igreja mas não queria deixar o padre sozinho. Ele começou a fazer a mala e tirou uma foto da cômoda e me mostrou, meu sangue gelou novamente, a mulher na foto era a mesma que chorava na igreja.

“Esta era a minha mãe, eu tirei a foto quando me transferiram para esta cidade, ela sempre pedia para que eu fosse visitá-la, mas como eu sempre estava ocupado aqui nunca fui. Agora ela faleceu e eu nunca mais vou vê-la.” Disse o padre com a voz trêmula.

O padre foi para o enterro da mãe, por dois dias trabalhei somente de dia enquanto a igreja estava aberta, e quando o padre finalmente regressou, eu pedi demissão. Igreja agora eu só vou aos domingos, mas ainda morro de medo, vai ver que a mãe do padre ainda o está vigiando do além.





A Mensagem

 ''Eu estava fazendo uma viagem para o interior do Rio de Janeiro com um amigo nas férias de 2002 e tive uma experiência muito ruim envolvendo espíritos, esta é a minha história de terror.


Eram onze horas da noite e chovia muito forte, estávamos indo para a fazenda da minha tia. Levei meu melhor amigo para quebrar um pouco a monotonia do campo. Negão, como eu o chamava, resolveu tirar um cochilo e se virou pro lado e eu continuei dirigindo em direção à fazenda. Algum tempo depois eu vi no meio da estrada meu pai que havia falecido em 1996, tinha a aparência muito mais jovem do que quando morreu e eu pude ver uma luz forte ao seu redor, ele estava com um braço esticado em minha direção e seu dedo indicador e sua cabeça fazendo sinal de negativo. Eu freei forte e segurei a direção, passamos por onde ele estava e o carro rodou varias vezes até parar. Retomando do susto olhei para a estrada, estava vazia. Negão gritava sem entender o que tinha acontecido.



“Cara, eu vi meu pai que já faleceu faz anos no meio da estrada” – disse sem fôlego.

“Seu louco, quase nos matou.” – gritou ele esbofeteando no meu braço.

“Não estou brincando, acho que ele queria me avisar alguma coisa. Vamos voltar pra casa, eu não posso continuar a viagem.” – respondi chorando.

“A fazenda esta a 15 km daqui, vamos dirigir 140 km pra voltar? Nem pensar, se você quiser vamos embora amanhã cedo.” – insistiu Negão.

Pensei que ele estava certo, não tinha sentido voltar a essa hora da madrugada estando tão perto, então seguimos a viagem. Alguns quilômetros depois, fazendo uma curva o carro derrapou, perdi o controle e capotamos até batermos em uma árvore. Eu me esforcei para sair do carro, deitei no chão e olhei pro lado da estrada na esperança de encontrar ajuda, ali estava meu pai, assim como eu o vi minutos antes. Ele se aproximou de mim e disse.

“Dorme filho, você precisa descansar e se você dormir, a dor vai passar, mas seu amigo vai vir comigo”.
Sem dizer outra palavra, segurou no ombro de Negão e andando pela estrada os dois desapareceram. Eu acordei já no hospital, e descobri que meu amigo realmente morreu no acidente, eu sofri ferimentos que me deixaram o rosto marcado, mas em alguns dias estava fora do hospital. Eu me arrependo amargamente por ter ignorado a mensagem do meu pai. Não ignorem os espíritos quando eles tentam ajudar, isso pode salvar vidas.




A Vingança de Yamcha (Episódio Perdido de Dragon Ball Z)


''Foi cerca de seis a sete anos atrás. Eu fui a uma loja de filme antigo na esquina da rua. Eu e meus amigos estavam todos em Dragon Ball Z na época. Então, quando eu vi uma fita do Dragon Ball Z, eu naturalmente agarrei-a. Eu apenas via o elenco normal. Goku, Piccolo, Kuririn, Gohan, Vegeta, Tien, Chiaotzu, e um Yamcha muito desbotado. Eu não pensei em nada, talvez apenas a imagem estava um pouco gasta. Eu comprei-a e me dirigi para casa. Convidei alguns dos meus amigos mais próximos para assistir comigo.


Eu coloquei a fita. Deu a introdução e era a música normal. Porém, no final da mesma Yamcha estava muito desbotado entre o elenco, e os seus olhos ... diferentes. Uma tonalidade muito vermelha-escuro para eles. Eu e meus amigos estranhamos, mas continuamos a assistir.

O episódio foi intitulado "Revenge A Grave!" (A Vingança de Yamcha). Nunca ouvi dizer que alguém tinha visto algum episódio perdido ou algo assim. O episódio começou. Ela ocorreu após Buu ter sido derrotado, uma vez que eles estavam falando sobre o quão difícil era para a derrota. Provavelmente algum episódio de diálogo chato. Então Kuririn voltou do outro mundo para cumprimentar os outros. Lembro-me de Goku perguntando "Yamcha não estava com você?"
Kuririn respondeu "Eu perdi-o" com todos em estado de choque.
Lembro-me de perguntar como o Goku fez alguma coisa, então o vídeo ficou escuro. Eu continuei apertando o play, mas nada. Então eu ouvi gritos semelhantes aos dos personagens. A imagem voltou com todos eles mutilados e desfigurados. O único de pé era Vegeta. A voz de Yamcha surgiu em um tom demoníaco.
"Olhe, O Príncipe está com medo"
Então Vegeta caiu. Eu corri para desligar a fita, mas ele disse:
"Não há como fugir de mim"
Eu e meus amigos entramos em pânico. Como algo tão ridículo assim poderia estar acontecendo? Não parecia real. A tela da TV ficou vermelha de sangue dos personagens. Yamcha apareceu na tela com os olhos vermelhos, pálido como um fantasma. A TV se desligou.


Tentamos nos acalmar. Acendemos as luzes, que se desligaram imediatamente. A TV começou a piscar. A cada flash aparecia o rosto ensanguentado de um personagem morto. Ficamos horrorizados. O que era aquilo? Alguma fita amaldiçoada? Não era real, só podia ser um sonho. Como pode acontecer algo assim em um episodio de Dragon Ball Z? Eu arranquei a fita do videocassete e tudo voltou ao normal. Tinha algo escrito na fita.


"Boa noite".


Meus amigos saíram correndo da casa, me deixando sozinho com a fita. Sozinho no escuro. As luzes se recusavam a acender. Então sentei e pensei sobre Yamcha. Eu nunca dei muita atenção para ele, sempre o achava um tolo, e nunca servia para nada. Será que os responsáveis pela produção do episódio quiseram mais violência? Como Yamcha poderia ficar assim? Não fazia sentido. O que diabos era aquilo? Esse tal episódio era uma brincadeira de mau gosto.


Sai de casa. Meus amigos ainda estavam lá fora.


Eles decidiram que ficariam por mim. Peguei a fita, cuspi nela e a joguei no esgoto. Como meus pais estavam viajando meus amigos decidiram passar a noite na minha casa. Nós dormimos um pouco mais tranquilos. Então eu ouvi estática vindo da sala de estar. Minha TV estava desligada.Como isso é possível? Olhei rapidamente para os meus amigos, todos eles estavam pálidos e frios... Estavam ...mortos!
Eu gritei alto "Isto não é real. ESTE É APENAS um pesadelo!"
Sua voz ecoou: "Não, esta é a minha vingança."
Corri para o banheiro e tranquei a porta. Então olhei para o meu espelho. Meu reflexo se transformou no próprio Yamcha. O espelho então se quebrou e um fragmento voou no meu olho. Eu gritei de dor.
De repente, eu acordei. Eu estava deitado na cama do hospital. Fui atingido por um carro quando eu saí da loja. Olhei para a mesa ao meu lado e lá estava a fita. Peguei a fita e joguei-a pela janela.


Uma semana mais tarde, houve uma notícia. Três adolescentes cometeram suicídio depois de assistir a fita. A notícia se recusava a liberar a imagem que levou os adolescentes ao suicídio. Eu procurei a descrição, pelo menos. Houve a descrição. Yamcha estava pálido, com os olhos sangrando e ferido. Encontramos a foto...''



O Quarto Fantasma

Em 2004 na cidade de Barcarena - PA (cidade do interior do Pará, na qual se concentra grandes indústrias), conheci uma garota na faculdade a qual morava nessa cidade e namoramos por quase 8 anos, hoje não estamos mais juntos. Quando comecei a ir pra Barcarena frequentar sua casa, dormia em um pequeno quarto que ficava bem próximo da cozinha e ja tinha ouvido de um tio dela que não dormia nesse quartinho devido se sentir agoniado. Vários finais de semana indo para Barcarena e dormindo nesse quartinho não havia me ocorrido nada, mas em um final de semana do ano de 2004 aconteceu uma experiência na qual ficou marcado por meses e desde então quando ia para Barcarena não fiquei mais nesse quarto.




Em uma certa noite ainda acordado tentando pegar no sono, olho pela fresta da porta que a luz da cozinha foi acesa por alguém e logo em seguida apagada, no momento pensei que fosse minha namorada ou os pais dela indo ao banheiro que também ficava próximo ao banheiro de repente a maçaneta da porta começa a virar e eu achando que seria minha namorada entrando no quarto virei de lado olhando para a parede e comecei a fingir que estava dormindo para assustá-la, senti a aproximação de alguém que pareceu ficar uns 30 segundos me olhando foi sentando na cama e deitando ao meu lado e foi sussurrando algo no meu ouvido no início parecia ser voz de uma mulher mais foi engrossando e se tornado voz de gente já envelhecida, não entendi nada o que aquilo tentou me dizer, fui tentar me virar para ver quem era mas uma mão que não era gelada me segurou impedido que eu virasse, tentei gritar por socorro, mas a voz não saia, de repente veio as lembranças do que haviam me dito sobre o quarto e pensei isso é um fantasma, assombração.... reuni forças e consegui empurrar aquilo que parecia estar com um vestido curto ao chão e pulei imediatamente até o interruptor para ligar a luz, mas não havia nada naquele quartinho além de mim.

Sai por uns instantes do quarto e fiquei pensando "será que chamo os pais dela e ela para contar o que aconteceu?". Mas fiquei me questionando... "Será que vão acreditar em mim? Vão ficar rindo de mim? Eles moram há tanto tempo nessa casa e não me contaram nada de estranho que acontece na casa?" "Será que o pai dela vai pensar que diacho acho de homem é esse que está com minha filha?"

Voltei pro quarto e dessa vez não apaguei as luz, comecei a rezar muito nervoso já juntava orações fiquei de luz acesa por certo tempo e aquilo que tinha me ocorrido não saia da cabeça. Horas e horas pensando já podia ouvir os galos cantando, era sinal de que já estava amanhecendo.

Acredito que eram já quase seis da manhã, o quarto claro decidi tentar dormir e quando dou uma piscada e abro meu olho novamente vejo aquela coisa se transformando como havia descrito uma pessoa idosa de vestido bem curto todo vermelho me olhando em pé da porta me encarando, ela resmungou alguma coisa que também não consegui entender e pulei da cama tentando atacá-la, mas na verdade fui pra abrir a porta. Não teve jeito, eu fui contar para o pai dela o que havia acontecido, mas o mesmo riu. Essa foi apenas uma. Outras aconteceram com os pais dela presenciando quadros de vidro estourando e etc...

Demônio Refugiado

Num dia escuro de Inverno, a neve caía torrencialmente, crianças brincavam fazendo bonecos de neve enquanto eu as apreciava, elas pareciam sorridentes e bastante felizes. Fiquei um pouco a apreciá-las, até que tive um pressentimento estranho, um pressentimento que me abalou e que me entristeceu, não conseguia explicar aquela sensação.

Enquanto tudo isto se passava, uma das crianças olhava-me com um ar terrífico e ria-se alto com gargalhadas demoníacas, eu não conseguia mais estar ali, então fui para casa.

Uns dias depois fui passear no bosque e de repente, á beira de um pinheiro muito antigo vi uma poça de sangue com um corpo no centro, eu hesitei em ir ver o que era, mas tinha de ir, não podia fugir, havia uma força espiritual qualquer que me obrigava a ir para lá.



Quando vi, era uma criança, era a criança que me olhara terrificamente, tinha os olhos amarelos e na sua barriga dizia escrito com sangue “Este é o corpo de Satanás, Maldito quem o encontra”, não fiquei aterrorizado, pois talvez nem tenha tido tempo para pensar, logo a seguir uma força estranha me invadiu e vi um vulto que pediu que fosse com ele, eu olhei para trás e vi-me deitado no chão com um ferro espetado na cabeça e na minha barriga dizia “Maldito”.


Alma Perturbada

Vou lhes narrar parte de minha vida, memórias de um antigo eu que se esvaia a cada segundo. Tenho medo de por aqui minhas palavras, já não estou mais sozinho, algo me observa e eu sei quem é, e logo, vocês também saberão.


Tudo começou em minha infância, eu era feliz quando criança, animado e sorridente, longe das sombras da infelicidade e angústia que hoje me atormenta. Costumava brincar de esconder com meu irmão, éramos inseparáveis, conosco tinha alguns colegas de classe. Brincávamos todas as tardes até o anoitecer, meu irmão era indiscutivelmente bom, nunca era encontrado. Nesta época eu tinha oito anos e meu irmão nove, éramos apenas criança querendo se divertir ao máximo.


Quando completei dez anos, meu irmão me convenceu de me tornar mais duro, para me transformar em um verdadeiro homem. Logo comecei a tratar as pessoas de uma forma diferente. Acabei participando de algumas brigas, eu sempre apanhava, meu irmão saia ileso. Com cortes e roxos eu ia sendo arrastado para casa, minha mãe ficava louca.

"Meu Deus como você conseguiu andar até aqui, vou chamar seu pai!"

Meu irmão continuava a me segurar e falar "ele está se tornando um verdadeiro homem". Nossa mãe ficava em silêncio.


Os anos se passaram, eu já possuía doze anos e minha mudança continuava, já não precisava que meu irmão falasse o que tinha de ser feito, brigava e humilhava todos que não gostava. Arrumei brigas por conta própria. Comecei a sentir algo diferente, algo bom. Com o passar dos dias esse sentimento ficou mais forte, muitas vezes parecia me controlar, já não lembrava com quem tinha brigado, nem o porque, apenas feria as pessoas sem remorso, sem pena.


Tentando de uma forma drástica que eu melhorasse, meus pais começaram a me privar de muitas coisas, me tiraram certos privilégios como de sair de casa e brincar com outros colegas, isso até a minha “fase” como eles se referiam a minhas brigas passar, mas eu ainda tinha meu irmão, ele sempre estava comigo, inventávamos muitas coisas juntos, era divertido, era feliz, era cruel...


Quando completei quinze anos mudei por completo, minha família tentou de tudo, me levaram ao psicólogo, ao médico e nada resolveu mas eu não estou doente! Gritava sem parar, me enfurecendo, já não conseguia olhar para meus pais, sentia raiva, quem mantêm o filho em casa por cinco anos sem poder sair! Meu olhar agora era de ódio, tudo que via me dava vontade de bater, quebrar, matar.


Ao completar dezoito anos minha família decidiu me levar para um hospício. Tentaram me convencer que seria melhor para mim, que eu não sabia que precisava disso, que não sabia o amor que eles tinham por mim e choro toda vez que me lembro de minhas ultimas palavras para eles. "Esse lugar me enoja, vocês não merecem ser meus pais, vocês deveriam morrer!". Nesta hora eu apaguei, tudo ficou escuro, mas sentia algo escorrendo em mim. Ao recuperar os sentidos me deparei com a cena mais horrível de toda minha vida, não pelo que fiz, mas sim pelo que não senti. Na minha frente estava meu pai e minha mãe abraçados, um olhar de terror em seus rostos e escorrendo de suas cabeças. Percebi que segurava algo, uma faca, uma faca muito grande coberta de sangue. Nada senti, nem remorso nem pena, nada, e hoje me desespero ao pensar nisso. Ainda olhando meus pais juntos vejo alguém no canto escuro da casa. Meu irmão estava lá, com um sinistro sorriso em seu rosto, fiquei encarando ele como se estivesse hipnotizado. Não demorou muito e a polícia chegou, provavelmente meus pais gritaram antes de eu... os matar. Logo um dos policiais me imobilizou, não reagi, apenas fiquei olhando meu irmão no canto da casa, rindo e pensei porque ninguém viu ele, ele está bem escondido como sempre?


Ao chegar à delegacia me levaram para interrogatório, fizeram diversas perguntas. Após duas horas eu finalmente pude perguntar o que me atormentava. O que aconteceu com meu irmão? Os detetives se olharam surpresos "Garoto, você não tem nenhum irmão e nunca teve". Meus olhos se arregalaram com tamanho terror, olhei ao redor zonzo e vi, no canto da sala, meu irmão dando uma sinistra gargalhada sem som, com um olhar diabólico em seu rosto e por fim disse a frase que hoje me perturba.



“Eu Apenas Observo O Caos Em Sua Alma Perturbada”

A Carona

A Carona

Essa é a história de um amigo caminhoneiro que mora em Goiânia. Ele sempre esta na estrada ganhando o pão da família e uma vez ou outra me conta histórias de arrepiar que acontecia em suas viagens, vou compartilhar com vocês algumas dessas histórias que ele me contou pessoalmente.


Eis que uma vez, estava Ronaldo fazendo o trecho São Paulo-Goiânia. Parou em um posto de gasolina pra abastecer e comer algo. Sentou-se no balcão da lanchonete e fez seu pedido. Enquanto estava comendo, uma mulher bonita e até bem vestida sentou-se do seu lado e puxou conversa com. Conversa vai e vem deu a hora de ir embora ele se despediu e saiu da lanchonete. Quando ligou o caminhão ali estava a mulher. Ele abaixou o vidro para ver o que queria e ela pediu uma carona, disse que morava na cidade vizinha e não queria andar até lá, que apesar de perto, já eram duas da manhã. Sem hesitar ele aceitou.




A cidade era realmente perto, dez minutos depois de sair do posto chegaram ao trevo. Apontando uma esquina ali no trevo, pediu pra parar e desceu do caminhão. Ronaldo se assustou quando viu que ali era o muro de um cemitério.


“Como você tem coragem de ficar aqui? Vamos embora eu te levo em casa, não importa que seja longe.” – disse ele com medo de deixar ela ali.


“Eu já estou em casa” – disse a mulher andando em direção ao muro do cemitério e desapareceu.


Contando essa história e conversando com outros caminhoneiros, descobriu que o fantasma era de uma prostituta que residia na cidade onde ele a deixou. Ela teria sido estuprada e morta por um caminhoneiro que a pegou naquele posto. Dizem que seu fantasma fica assombrando caminhoneiros como forma de vingança. Hoje, Ronaldo sempre desvia do trecho onde encontrou a mulher com medo de vê-la novamente.


E você? Daria carona a um estranho(a) na estrada?

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

JOGO DA CANETA

''Esta história aconteceu comigo em 1993. Eu cursava o terceiro ano do ensino médio, e na escola aprende-se de tudo um pouco. Certo dia, assisti alguns colegas fazendo o "jogo da caneta", fui convidada  à participar, mas recusei. Chegando em casa, dentro do meu quarto, resolvi tentar me comunicar com o mundo sobrenatural. Realizei todo aquele ritual de iniciação,  esperei  alguns  instantes  e...incrível ! A caneta se movimentava ente meus dedos. Tomei coragem e comecei fazer algumas perguntas.



 Uma das respostas que  mais me intrigou foi  o nome da pessoa com quem eu casaria. Nesta época, eu não conhecia absolutamente ninguém com o nome que este espírito me passou. Então, em 1996, conheci esta pessoa e já estamos juntos 12 anos. As respostas eram precisas. Minhas colegas me procuravam continuamente, para obter respostas para suas perguntas. Este espírito e eu, nos tornamos grandes amigos, porém, apesar de tantos acertos, no fundo tinha algumas dúvidas. Então, resolvi perguntar a ele onde ele estava enterrado. Perguntei também, como eu poderia localizar seu túmulo. Ele, que se chamava Marcelo C. ,me disse que em seu túmulo eu encontraria apenas as iniciais MC e o número 2. Contou que havia se suicidado, descreveu sua aparencia e indicou-me também o endereço onde residiu. Bom, tinha então muitas informações para comprovar sua existência. No dia seguinte, sai da escola mais cedo para ir até o cemitério. Convidei mais dois colegas para irem comigo. Chegando lá, cada um de nós procurou em direções diferentes. E...acreditem, de repente, meu colega Marcos, deu um grito dizendo que havia encontrado. Corremos até onde ele estava. Quando olhei para o túmulo e identifiquei as iniciais e o número, já não estava sentindo minhas pernas. Meu coração acelerou, e por mais incrível que pareça, o que mais eu lembro daquele momento, é de sentir uma imensa sensação de medo...pânico. Fizemos uma oração e voltamos para nossas casas. Continuamos nossas sessões durante mais alguns meses. Porém, me faltou coragem para verificar o endereço. Para mim, encontrar seu túmulo já foi de bom tamanho. Um dia, em meu quarto com minha irmã, chamamos por ele. Imediatamente ele comparecia. Mas, notei que suas respostas estavam diferentes. A forma de se expressar estava diferente. E, depois de muita insistência, o espírito que havia comparecido em seu lugar se identificou. Eu não tinha experiência nenhuma com estes fenômenos e quando ouvi algumas ameaças, quase fiz nas calças! Pedi perdão a Deus , por ter me envolvido com os mortos e nunca mais os chamei. Digo, hoje, trabalho em uma casa espírita, já tive oportunidade de me comunicar com Marcelo novamente, que me disse que está muito bem, saiu das sombras para dedicar-se à sua evolução espiritual. Isso me alegrou muito.''

JOGO DO COMPASSO

Estava eu na escola  na hora do recreio. Eu e meus colegas de sala de aula costumávamos inventar o que fazer. Quando lembrei de um certo jogo de bruxaria que me contaram, resolvi então contar aos meus colegas se eles queriam fazer o tal jogo do compasso. Eles ouviram e acharam bem interessante e eu resolvi fazer o tal jogo. Procurei saber se alguém tinha levado pra escola um compasso, pra minha surpresa um amigo meu tinha o tal compasso.
Então peguei o compasso e uma folha de papel branco e desenhei um circulo e dentro desse circulo as letras alfabéticas todas seguindo o circulo e fora do circulo números de 0 a 9.


No centro deste circulo colocamos o compasso e depois, como lembrei por pessoas que me contaram sobre o tal jogo, resolvemos fazer. Pra minha surpresa vieram mais pessoas querer ver o que estávamos fazendo e juntaram-se mais e mais pessoas, creio que tinha umas 15 ou mais pessoas, tudo isso na hora do recreio e emendando com a educação física, que na época o professor tinha faltado.
Continuando... eu lembrei que teria que rezar 3 vezes a oração da Ave Maria ao contrário, 1 Creio em Deus Pai e 1 Pai Nosso. Fazendo isso coloquei o compasso dentro do circulo, e claro, eu era o que recebia as perguntas. Estranhamente algumas pessoas começaram a querer saber sobre isso ou sobre aquilo, mas eu logo falei que fossem perguntas simples, até porque não queria ficar horas e horas lá fazendo o tal “jogo”. Quando então uma garota fez uma pergunta e eu, que estava sendo guiado, na pura ingenuidade e brincadeira, pois tinha apenas 13 anos na época e hoje tenho 23 anos. Ela queria saber sobre o avô, se o avô dela estava bem. Dei a tal resposta que o compasso me passou.
Depois disso passou alguns minutos, me cansei da brincadeira e saí do nada, sem fazer o tal ritual de saída do jogo. Eu sabia que pra entrar teria que fazer um ritual mas não quis fazer a saída. Foi aí que quando eu saí coisas estranhas começaram a acontecer dentro da escola. A tal garota que tinha feito a pergunta começou a mudar totalmente sua face. Ela estava parada em pé no meio da sala de aula e com um sorriso macabro. O pessoal da sala onde ela estava falou que ficaram assustados porque o sorriso que ela tinha no rosto era algo sinistro, como se não fosse ela e sim alguma coisa. Nisso uma professora da escola que era espírita falou que essa garota estava incorporada por um demônio ou um espírito sujo e que esse espírito tinha escapado por algum portal aberto. Fiquei calado porque de certa forma a culpa era minha por não ter feito o que teria que ser feito.
A professora fez um tipo de ritual dentro da sala pra expulsar esse demônio, mas não fiquei na sala. Depois disso outras coisas aconteceram, como outra pessoa que estava nesse jogo, que ficou presa dentro do banheiro e jura que tinha visto o vaso da privada trincar na frente dela... e de um garoto que falou que quando olhou pela janela desse banheiro, que a garota estava presa, viu o vidro da janela trincando e quebrando na frente dele. É claro que o garoto teve algum machucado por conta disso. Com o tal vidro trincando na frente dele ele teve um corte em cima da sobrancelha. Mas depois todos se recuperaram e eu também, porque depois fiquei com medo do que eu fiz. Graças a Deus que nada aconteceu comigo. Acho que por pura sorte e por que meu Anjo da Guarda é forte e sabe a missão que tem. (Risos).

JOGO DA MOEDA

JOGO DA MOEDA


OLÁ ! ESSA BRINCADEIRA NÃO É MUITO CONHECIDA, MAS EU EU POSSO CONFIRMAR QUE É ASSUSTADORA. UM DIA EU ESTAVA NA ESCOLA E NA HORA DA SAÍDA, MINHA AMIGA DISSE PARA MIM BRINCAR DE UMA BRINCADEIRA QUE SE COMUNICAVA COM OS ESPÍRITOS. A BRINCADEIRA ERA MUITO SIMPLES. VOCÊ FAZIA PERGUNTA AOS ESPÍRITOS CUJA AS RESPOSTAS TINHAM QUE SER RESPONDIDAS COM SIM OU COM NÃO. E NESSA BRINCADEIRA O ÚNICO OBJETO QUE TEM QUE TER SÃO DUAS MOEDAS DO MESMO PREÇO. MAS O ESPÍRITO VAI SE CLASSIFICANDO EM FRACO, FORTE E MUITO FORTE. POR EXEMPLO : SE VOCÊ USAR DUAS MOEDAS DE 1 CENTAVO, O ESPÍRITO EH FRACO E PODE SER DO BEM, MAS E ASSIM EH COM A DE 10 CENTAVOS, A PARTIR DA MOEDA DE 25 CENTAVOS PRA CIMA, O VOCÊ PODE SE COMUNICAR COM UM ESPÍRITO BEM MAIS FORTE E DO MAL. DEPOIS DE TER AS MOEDAS VOCÊ FAZ A PERGUNTA E JOGA AS MOEDAS, E SE AS DUAS MOEDAS CAÍREM COM A COROA A RESPOSTA EH NÃO, E SE CAÍREM COM A CARA , A RESPOSTA É SIM, E SE AMBAS CAÍREM COM UMA CARA E OUTRA COROA , O ESPIRITO NÃO QUER RESPONDER. MAS VOCÊ NÃO PODE SE LIVRAR DA BRINCADEIRA TÃO FÁCIL, VOCÊ TEM QUE PERGUNTAR PARA ELE SE VOCÊ PODE SAIR DA BRINCADEIRA, SE ELE DISSER NÃO, ELE VAI TE ACOMPANHAR PRA ONDE VOCÊ FOR POR UM BOM TEMPO , E SE ELE DISSER SIM, VOCÊ ESTA LIVRE DELE, E SE VOCÊ PERGUNTAR E ELE RESPONDER NÃO, É MELHOR VOCÊ TENTAR , TENTAR E TENTAR ATE ELE DIZER SIM. PROSSEGUINDO A HISTORIA, EU ACEITEI BRINCAR DA TAL BRINCADEIRA, MAS EU SÓ FAZIA COM MOEDAS DE 1 CENTAVO E COM DE 10. MAS MINHA AMIGA FOI INVENTAR DE FAZER COM A MOEDA DE 50 CENTAVOS, ELA PERGUNTOU SÓ UMA COISA , E COMEÇOU A PASSAR MAL, COMO SE ALGUÉM ESTIVESSE SEGURANDO NO SEU PESCOÇO, E ELA COMEÇOU A FICAR COM VONTADE DE VOMITAR, ATE Q ELA PEDIU PARA SAIR DO JOGO E O ESPIRITO RESPONDEU Q SIM, E DESDE DAI ELA MELHOROU. RECOMENDAÇÃO : É MELHOR VOCÊS NUNCA FAZEREM COM MOEDAS DE 50 CENTAVOS OU DE 1 REAL!










BOM JOGO ^_^